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 Dia Um Então, ali estava eu, de volta para cama,  varrida e confusa. tentei dormir mas sem muito sucesso. So queria que amanhecesse completamente para que eu pudesse ir para escola e brincar com os meus amigos. Sem cobranças e acima de tudo sem me sentir suja ou impropria por estar a crescer.  A vida na escola era tão boa, brincar, estudar e comer guloseimas. Estudava só meio periodo da manhã, e depois ficavamos livres para ir para casa e ter aulas particulares com a Directora da escola. Entretanto era feliz. Esquecia das discussões dos meus pais, do meu amor de infância não correspondido e ate do abuso sexual que sofri. Esquecia tudo quando estava com os meus amigos..era feliz e uma criança normal. Acho que é só isso que una criança precisa, normalidade. Entretanto, os nove anos marcaram muito a minha vida, foi como se me tivesse sido roubado um pedaço da minha criança. Iria mudar da minha cidade natal para a capital, perder contacto com os meus amigos e todas as ruas que me viram cr
Dia Zero Primeiro eu gostaria de pedir desculpas a quem for ler isto, porque nao terei pontuacao nenhuma. entao os verbos estarão errados em algum momento. Fui criada e ensinada a ser filha, irma, tia, amiga, esposa e mae. Ainda me falta a parte de esposa e mae entretanto pode-se chegar a conclusão que nos outros papeis me desempenhei muito bem. tao bem que deixei de existir.  Aos nove anos de idade os meus seios apareceram e o meu periodo comecou, e ai tambem foi um papel marcante como filha, porque pela primeira vez eu vi a minha mae a chorar, triste com a minha realidade de ter virado uma mulher. Nesse momento, eu como filha percebi que nunca mais iria querer fazer minha mae chorar. E decidi ser a filha perfeita. Aceitei todos os dias acordar as 5 da manha, para que a minha mae pudesse varrer no meu peito e assim atrasar o crescimento dos meus seios. Entretanto nao me explicaram que o sangue que escorria de dentro de mim nao era uma ferida ou algo sujo, e sim fazia parte da natureza